segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Ao Sul do Equador - Da Política

Ontem à noite, às 22h00, ocorreu o primeiro debate do segunda volta (bras: turno) das presidenciais na televisão Bandeirante. O debate foi marcado desde início pela rispidez, pelas acusações constantes da falta de honestidade e integridade políticas, nomeadamente quando José Serra acusou Dilma Roussef de em sucessivas declarações ao longo da campanha eleitoral ter manifestado diferentes posições quanto ao aborto. Dilma Roussef afirmou ontem que – neste ponto recordei exactamente uma das afirmações que os defensores da introdução da última lei do aborto em Portugal – preferia ver o Estado apoiar e acompanhar através dos hospitais públicos as mulheres que decidem fazer aborto a ver o Estado perseguir criminalmente estas mulheres. José Serra esclareceu que no Brasil a lei apenas permite que o aborto seja feito a mulheres vítimas de violação ou em caso de perigo da vida da mãe, contudo Serra não declarou, nesta altura do debate, se concorda ou não numa alteração da lei. Dilma reforçou a sua posição argumentando que os abortos realizados no Brasil em situação ilegal e em condições de assistência médica percárias são de tal forma repetidas que uma alteração da lei justificar-se-ia. A campanha eleitoral decorerá nas próximas duas semanas, culminando o processo eleitoral no dia 31 de Outubro, dia do segundo turno das presidenciais.

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