terça-feira, 26 de outubro de 2010

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Do Cinema

No sábado ainda, após há mais de um ano ter podido ver em Paris Amarelo Manga, vi um segundo filme de Cláudio Assis, Baixio das Bestas, igualmente situado na região de Pernambuco, já não na cidade do Recife mas no interior do Estado. Ao contrário do primeiro filme, que em comparação surge-nos como uma comédia de ambiente urbano, este filme é duro e pesado. Apresenta-nos o quadro de um homem velho que tem em sua casa uma jovem pré-adolescente que ele explora levando-a a um local onde ele a despe de maneira a ser vista por homens que pagam para a poder ver nua. Nesta mesma terra (algures para o interior de Pernambuco, não localizada no filme, mas apenas no genérico final onde surgem, de entre os locais onde se efectuaram filmagem, a terra de Nazaré da Mata, à qual pertence o grupo de Maracatu que surge no filme.

Realização: Cláudio Assis. Argumento: Hilton Lacerda. Elenco Principal: Fernando Teixeira, Caio Blat, Matheus Nachtergaele, Dira Paes, Marcélia Cartaxo, Hermylla Guedes, Conceição Camarotti, João Ferreira, Irandhir Santos, Magdale Alves, China Samuel Vieira, Zezita Mattos, Jones Melo, Mano Fialho, Maria Teixeira (auxiliadora).

http://www.youtube.com/watch?v=iABTe2O4GGc


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Do Cinema

O segundo filme Perdidos numa noite suja é de José Joffily, baseado numa obra de Plínio Marcos, conta a história de dois brasileiros que fortuitamente se encontram na casa de banho (bras. banheiro) de um bar em Nova Iorque onde Tonho trabalhava na limpeza dos lavabos enquanto o outro (apresentando-se como Pablo mas sendo de facto uma jovem de nome Rita) lá se encontrava na mesma casa de banho para onde tinha trazido um seu cliente. Pablo assumindo uma identidade de jovem rapaz ganhava dinheiro fazendo sexo oral com homens a quem não revelava a sua identidade como mulher. Acidentalmente Pablo e Tonho que começam por naturalmente falar em inglês entre si conhecem-se e tornam-se companheiros vindo a coabitar num prédio abandonado. Estas duas personagens procuram sair da situação social em que vivem sem contudo Rita conseguir o que procurava – ser reconhecida como cantora – nem voltar a encontrar emprego depois da situação em que se vê arrastado para uma prisão onde fica durante seis meses.

Realização: José Joffily; argumento: Paulo Halm; montagem: Eduardo Escorel; Elenco principal: Pablo – Débora Falabella; Tonho – Roberto Bontempo.


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Do Cinema

Ontem, caso tivessemos optado por ir de Pau Amarelo até ao Recife poderia ter visto na Casa Amarela o Decálogo de Kieslowsky, numa sessão gratuita que se iniciou às 10h00 da manhã e que terminou às 22h00, e que desta forma exibiu integralmente os dez filmes que compõem Decálogo.

Aqui em Pau Amarelo pode-se ver, durante este fim de semana, dois filmes brasileiros da última década. O primeiro foi O que é isso companheiro?, filme de Bruno Barreto, que tem como base do seu argumento um livro com o mesmo título de Fernando Gabeira e que narra o sequestro do embaixador dos EUA no fim dos anos sessenta (1969) por um grupo político-militar chamado 8 de Outubro, numa época em que o Brasil se encontrava sob uma ditadura militar que se iniciara pelo derrube do governo de João Goulart ainda só se tinha iniciado há cinco anos e que iria perdurar ao longo dos anos setenta e até 1989, ano em que são realizadas eleições presidenciais livres. (Fernando Gabeira, actualmente membro do Partido Verde, foi um militante do grupo militar 8 de Outubro e narra no seu livro O que é isso companheiro? o que parcialmente Bruno Barreto adaptou para filme).

Sobre esta mesma época, agora num registo documental, e explicando a evolução da política brasileira no início dos anos sessenta, Sílvio Tendler fez o filme Jango (Jango é o nome sob o qual ficou conhecido o João Goulart que sucedeu a Jânio Quadros na Presidência da República do Brasil.) que se debruça sobre a época em que Jânio Quadros renuncia à Presidência da República, conduzindo a que João Goulart, seu vice-presidente, viesse a ser seu sucessor como Presidente da República, como constitucionalmente era de direito. Contudo este seria afastado da Presidência através de um golpe militar que instauraria a Ditadura Militar.

Realização: Bruno Barreto, Montagem: Isabelle Rathery, Elenco Principal: Alan Arkin, Pedro Cardoso, Fernanda Torres, Luiz Fernando Guimarães, Cláudia Abreu, Nelson Dantas, Matheus Nachtergaele, Marco Ricca, Maurício Gonçalves, Caio Junqueira, Selton Mello, Eduardo Moskovis, Valdir Onofre, Samir Murad, Charle Miara, Harry Stone, Fernanda Montenegro, Milton Gonçalves, Othon Bastos.


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Ao Sul do Equador - Da Política

Ontem à noite, às 22h00, ocorreu o primeiro debate do segunda volta (bras: turno) das presidenciais na televisão Bandeirante. O debate foi marcado desde início pela rispidez, pelas acusações constantes da falta de honestidade e integridade políticas, nomeadamente quando José Serra acusou Dilma Roussef de em sucessivas declarações ao longo da campanha eleitoral ter manifestado diferentes posições quanto ao aborto. Dilma Roussef afirmou ontem que – neste ponto recordei exactamente uma das afirmações que os defensores da introdução da última lei do aborto em Portugal – preferia ver o Estado apoiar e acompanhar através dos hospitais públicos as mulheres que decidem fazer aborto a ver o Estado perseguir criminalmente estas mulheres. José Serra esclareceu que no Brasil a lei apenas permite que o aborto seja feito a mulheres vítimas de violação ou em caso de perigo da vida da mãe, contudo Serra não declarou, nesta altura do debate, se concorda ou não numa alteração da lei. Dilma reforçou a sua posição argumentando que os abortos realizados no Brasil em situação ilegal e em condições de assistência médica percárias são de tal forma repetidas que uma alteração da lei justificar-se-ia. A campanha eleitoral decorerá nas próximas duas semanas, culminando o processo eleitoral no dia 31 de Outubro, dia do segundo turno das presidenciais.


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