segunda-feira, 20 de abril de 2009

Sofia

Sofia levanta-se e reclama:
como pudeste pensar
que ao contrário de ti
eu pudesse ser
apenas eu própria?!


Eu julgara-a perdida 
à sua nascença,
buscava um sentido
para um desaparecimento
tão precoce.

De repente ela surge,
levanta-se e reclama:
como pudeste esquecer
que todo o conhecimento
se pensa a si,
sem a tua vigilância?! 

Eu disse apenas: 
Sofia, desculpa.
não penses que duvido
de seres bem mais vasta 
do que a minha fantasia.

Ana Roseira, S. Miguel, Açores

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